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Volta a Portugal! Épico drama nacional
A 86.ª edição da Volta a Portugal arrancou ontem na Maia, um espetáculo dramático onde as equipas nacionais lutam como gladiadores sedentos de glória! Este circo de emoções, outrora com a duração de três semanas, sonhava ombrear com os titãs do ciclismo mundial, Tour, Giro e Vuelta, mas a realidade NÃO PERDOOU! A nossa Volta, telúrica e bairrista, teve de encolher para os atuais onze dias de puro sofrimento e espetáculo.
E porquê este encolhimento? Porque a ambição era grande demais para as pernas! A Volta a Portugal, esmagada entre o Tour e a Vuelta no calendário, tenta desesperadamente atrair as grandes equipas estrangeiras, mas sem sucesso. Para isso, teria de subir na hierarquia da UCI, um objetivo que a Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) parece evitar a todo o custo. É um jogo de bastidores, onde os interesses das equipas portuguesas se sobrepõem à ambição internacional.
As equipas nacionais, agarradas ao protagonismo como unhas e carne, temem a chegada dos tubarões WorldTeam, capazes de lhes roubar o brilho e esvaziar os cofres! A Volta ao Algarve serve de exemplo: quando os grandes chegam, a festa acaba para os pequenos. E sem protagonismo, os patrocinadores fogem a sete pés, deixando as equipas à míngua, à beira da extinção! Para evitar este CAOS, a solução é manter a Volta longa, bem portuguesa e televisionada até à exaustão.
Que importa que a qualidade dos participantes seja das mais baixas entre as provas UCI 2.1? O que interessa é manter o circo a rolar, com os portugueses a lutar pela camisola amarela como leões esfomeados! Para manter o público agarrado ao ecrã (ou à berma da estrada), a organização eleva a parada, endurecendo o percurso com chegadas em subida de fazer tremer as pernas. A Volta está na estrada, um verdadeiro campo de batalha onde a dureza é a palavra de ordem. Será que a falta de qualidade será compensada com garra e sofrimento? Preparem-se para o DRAMA, o espetáculo vai começar!