Sudakov: golo pela Ucrânia, alma partida
É VERMELHO
9/10
Futebol

Sudakov: golo pela Ucrânia, alma partida

Em campo, um herói; fora dele, um coração despedaçado. A dor transformou-se em golo e a tragédia, em inspiração.
#Sudakov#Ucrânia

Num dia de DRAMA e emoções à flor da pele, Heorhii Sudakov, o médio ucraniano do Benfica, fez o que melhor sabe: jogar futebol. Mas este jogo, frente ao Azerbaijão, valia mais que três pontos; valia a esperança de um povo e a força de um homem. Apenas dois dias após perder a casa num ataque de mísseis russos, onde a sua esposa grávida e restante família se encontravam, Sudakov vestiu a camisola da Ucrânia e não PERDOOU.

O relógio marcava 51 minutos quando o Estádio Olímpico de Baku se silenciou. Um cruzamento venenoso de Zubkov encontrou os pés de Sudakov, que, com a frieza de um killer e a raiva de um leão ferido, atirou a bola para o fundo das redes. GOLO!, mas não um golo qualquer. Um golo com sabor a vingança, a resiliência, a Ucrânia. O jogador apontou para o céu, numa homenagem sentida à sua família, mostrando ao mundo a sua dor e a sua determinação.

Serhiy Rebrov, o selecionador ucraniano, já tinha avisado: "Os jogadores estão em contacto constante com as famílias e estes acontecimentos recentes irão acrescentar motivação". E que motivação! Sudakov transformou a tragédia pessoal numa exibição de gala, demonstrando que, mesmo nos momentos mais sombrios, a luz da esperança pode brilhar. Aquele penálti em movimento foi mais do que um golo; foi um grito de guerra, um murro na mesa, um CAOS para as defesas adversárias.

Fernando Santos, o ex-selecionador português que agora comanda o Azerbaijão, bem tentou travar o ímpeto ucraniano, mas nem a sua experiência nem a sua tática foram suficientes para conter a fúria de Sudakov. O médio benfiquista, qual guerreiro espartano, liderou a sua equipa rumo a uma vitória crucial na qualificação para o Campeonato do Mundo. Um triunfo que ecoou por toda a Ucrânia, levando alento e orgulho a um povo sofrido. Sudakov elevou a fasquia, demonstrando que a dor pode ser um motor para a superação. Que sirva de inspiração para todos nós, dentro e fora dos relvados.

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