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Portugal: Leão preso, Nuno solto!
Num jogo onde a Irlanda ofereceu a mesma resistência que manteiga ao sol, a seleção portuguesa apresentou exibições que oscilaram entre o sublime e o... bem, o Bruno Fernandes. Nuno Mendes, esse furacão descontrolado na lateral esquerda, foi a estrela solitária num céu que teimava em não brilhar. A análise ao jogo, caros amigos, é mais azeda que vinho verde em dia de chuva.
Nuno Mendes, com uma nota 7, provou que, quando encontra espaço, é mais difícil de parar que comboio desgovernado. Mas, ATENÇÃO, o DRAMA começou quando Roberto Martínez, o nosso maestro da tática, decidiu colocar Bernardo Silva à sua frente. O resultado? Um Bernardo perdido, a vaguear pelo campo como alma penada, isolando Nuno e impedindo-o de combinar para criar perigo na área adversária. Uma verdadeira tragédia tática!
Diogo Costa (6) assistiu ao jogo como quem vê um filme repetido, quase sem ser incomodado pelos ataques anémicos da Irlanda. Dalot (5), coitado, passou uma parte inteira sem tocar na bola no ataque, tal era a estratégia “inovadora” de Martínez. Rúben Dias (6) cumpriu, sem deslumbrar, enquanto Inácio (6) tentava ligar o jogo com o ataque, mas sem o CR7 nos seus tempos áureos, a ligação era mais fraca que Wi-Fi numa cave.
O momento de CAOS instalou-se com Bruno Fernandes (4), que parece estar a carregar o peso do mundo nos ombros. Desconfortável na posição de segundo avançado, Bruno ofereceu uma exibição que faria corar o Eusébio. Já Bernardo Silva (5), qual Dr. Jekyll e Mr. Hyde, melhorou na segunda parte, mas ficou aquém das expectativas. Cristiano Ronaldo (4), meus amigos, já não é o leão de outrora. Aos 40 anos, vive de finalizações, e quando estas falham, o brilho desaparece como fumo. Falhou um penálti, mas ainda mostrou classe ao atirar uma bola ao poste. Um DRAMA!
No meio deste turbilhão de emoções, Trincão (7) emergiu como um raio de esperança, criando um penálti (duvidoso, diga-se de passagem) e cruzando para o golo da vitória. Renato Veiga (5) trouxe energia positiva, enquanto Nélson Semedo (6) acrescentou largura ao ataque. Rafael Leão (4), coitado, foi lançado para o meio do bloco defensivo irlandês, uma decisão que faz tanto sentido como um guarda-chuva num dia de sol. No fim, Portugal venceu, mas a exibição deixou mais dúvidas que certezas. Martínez que se cuide, porque a próxima batalha pode ser um verdadeiro inferno!