Lucas Lopes: dores e glória no Ruanda!

Numa prova de cortar a respiração, Lucas Lopes, o prodigioso ciclista da Rádio Popular-Paredes-Boavista, alcançou um meritório 12.º lugar nos Mundiais de ciclismo, realizados em Kigali, no Ruanda. A jovem esperança de 22 anos, que já conquistou a Volta a Portugal, enfrentou um percurso infernal de 164,6 quilómetros, terminando a prova em 4 horas e 2 segundos. A distância para o vencedor, o italiano Lorenzo Finn, foi de 2m35s, uma eternidade no mundo implacável do ciclismo!

O calor abrasador, as subidas IMPIEDOSAS e a competição feroz transformaram a prova numa verdadeira batalha de desgaste. Lucas Lopes demonstrou garra e inteligência tática, mantendo-se no grupo da frente durante grande parte da corrida. Mas, como um leão enjaulado, o jovem ciclista sentiu o peso da prova na última subida, perdendo contacto com os primeiros. A ambição de um lugar no pódio desfez-se como um castelo de cartas!

Enquanto isso, Lorenzo Finn sagrava-se campeão mundial, seguido pelo suíço Jan Huber e pelo austríaco Marco Schrettl, que completaram o pódio. Os restantes portugueses também lutaram bravamente, com Daniel Lima a alcançar o 31.º lugar e Gabriel Baptista o 35.º. Daniel Moreira, infelizmente, não conseguiu concluir a prova, vítima das condições extremas. Uma TRAGÉDIA desportiva!

«O Lucas fez uma corrida inteligente e esteve muito bem. Soube dosear o esforço e estar bem colocado nos momentos certos», declarou o selecionador nacional José Poeira, tentando amenizar a desilusão. «A corrida depois tornou-se muito dura e tinha uma subida em paralelo na qual o Lucas teve dificuldades, acabando por descolar na última passagem». Uma desculpa esfarrapada para um resultado agridoce!

Domingo, a elite masculina entrará em ação, com Afonso Eulálio, António Morgado, Ivo Oliveira e Tiago Antunes a representarem as cores de Portugal. Que venha a tempestade! Que venha a batalha! Que venha a glória, ou a desgraça! O Cartão Vermelho estará lá, pronto para relatar cada pedalada, cada ataque, cada momento de DRAMA.

Mas, para Lucas Lopes, fica a certeza de que o ciclismo é uma modalidade cruel, onde apenas os mais fortes sobrevivem. O 12.º lugar, apesar de meritório, é apenas um aperitivo para o futuro. O Cartão Vermelho estará atento à sua progressão, pronto para celebrar os seus triunfos e lamentar as suas derrotas. E que venham mais batalhas, mais subidas IMPOSSÍVEIS, mais momentos de glória e desespero. O espetáculo tem de continuar!