Koeman: Luta FORA dos relvados

Numa reviravolta que nem o VAR conseguiria prever, o selecionador dos Países Baixos, Ronald Koeman, abriu o livro no programa De Oranjezomer, revelando o DRAMA que assola a sua família. A sua esposa, Bartina, enfrenta um adversário implacável: um cancro da mama crónico que a tem mantido em tratamento desde 2010. Uma batalha que se arrasta desde os tempos em que Koeman dava show no Benfica!

«A Bartina tem cancro da mama crónico. Começou em 2010. Voltou em 2018 e novamente em 2023. Ela ainda está em tratamento, de três em três semanas», confessou Koeman, com a voz embargada como um adepto no minuto 90, após falhanço inacreditável. O técnico, famoso pelas suas defesas implacáveis, mostrou o seu lado mais vulnerável, revelando que «há momentos em que piora, com vários efeitos secundários. É difícil para toda a família, para os filhos, para mim e para os netos.» Uma tempestade perfeita que abala as estruturas familiares, qual defesa central batida em contra-ataque.

Koeman, o estratega que planeia cada lance no relvado, encontra-se agora numa luta muito mais pessoal e dolorosa. O selecionador não poupou elogios à força mental da esposa, descrevendo-a como «mentalmente incrivelmente forte», apesar das dificuldades físicas que a têm feito perder peso. «Acompanhamos e apoiamos a sua luta», garantiu o treinador, mostrando que, fora das quatro linhas, o trabalho de equipa é fundamental. Uma verdadeira demonstração de fair play, onde o amor e o apoio são os principais trunfos.

O técnico neerlandês revelou ainda um episódio particularmente doloroso: durante o Euro do ano passado, Bartina não pôde estar presente com a família, pois encontrava-se hospitalizada. «No ano passado, toda a família estava lá, menos ela. E quase ninguém sabe disso. Não somos de andar a apregoar essas coisas. Apenas a família e os amigos próximos sabem da situação.» Uma ausência sentida como um cartão vermelho direto no coração da família, mas mantida em segredo, como um lance duvidoso que escapa ao árbitro.

Questionado sobre o impacto da doença no seu trabalho como selecionador, Koeman admitiu que, como ser humano, é naturalmente afetado, mas que consegue manter o profissionalismo. «Felizmente, é uma forma tratável. Se um tratamento deixar de funcionar, há outras opções. Isso dá-nos confiança, e dá confiança à Bartina também.» Uma esperança que se renova a cada tratamento, como um golo de livre no último minuto, que garante a vitória. Mas, como um verdadeiro guerreiro, Koeman fez uma promessa: «Mas se, por exemplo, durante o Mundial, a situação se agravar, é lógico que a minha prioridade será ela.» Uma declaração que ecoa nos estádios e nas casas de todos os que lutam contra esta doença.

E, como se a vida fosse um jogo de futebol, com prolongamento e tudo, Koeman recebeu o prémio carreira, entregue pela Eredivisie, esta quinta-feira. Um reconhecimento que, certamente, saberá ainda melhor, sabendo que tem uma equipa inteira a apoiá-lo fora dos relvados. Afinal, no jogo da vida, o que importa é nunca desistir, mesmo quando o resultado parece desfavorável. E, tal como no futebol, a esperança é o último a morrer. Que o diga Bartina, a verdadeira MVP desta história! A claque do Cartão Vermelho está com ela! Força, campeã!