FPF: poder absoluto! Proença não perdoou

A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) declarou, em alto e bom som, o início de uma nova era, um reinado onde, supostamente, todos os vassalos – ops, sócios – e os barões da indústria são ouvidos e representados. Pedro Proença, o monarca reinante, não perdoou na entrevista que assinalou os seus primeiros 150 dias no trono, e a época 2025/26 já arrancou sob este novo regime. O povo aclama, ou será que tem outra escolha?

Numa jogada digna de Vince McMahon, Proença brandiu um Plano de Atividades e Orçamento para 2025/26, ambicioso como as promessas de um político em campanha. Este plano, garante ele, assenta na tal “Comunidade do Futebol”, um conceito tão vago quanto as chances do Sporting ser campeão. Mas a cereja no topo do bolo foi a aprovação unânime em assembleia geral! Unânime! Será que alguém ousaria discordar do líder?

As alterações estatutárias, essas, foram impostas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), como um árbitro a marcar um penálti contra o clube da casa. Mas, ei, os sócios votaram a favor por unanimidade! Que espanto! A FPF, telhado de vidro ou não, mostra que sabe jogar o jogo e, aparentemente, ninguém quer arriscar um cartão vermelho. O DRAMA está instalado!

O Grupo Empresarial da FPF é o braço armado desta nova era, com sete empresas prontas para dominar o mercado: FPF Canal 11 (a nova CMTV?), FPF Comercial (o reino do merchandising), FPF Eventos (festas e mais festas), FPF Fundação (para lavar a imagem, claro), FPF Infraestruturas (estádios faraónicos?) e FPF Academy (a nova fábrica de craques... e de desilusões?). A FPF, garante Proença, é agora uma organização estruturada, metódica e planeada. Será que finalmente vão descobrir como marcar golos de canto?

E para selar este pacto faustiano, a Supertaça Cândido de Oliveira Betano! Parabéns ao Benfica, o campeão da Supertaça e, provavelmente, futuro campeão de tudo o resto. Mas o momento alto foi a homenagem aos irmãos Diogo Jota e André Silva, num gesto que tocou o coração de todos os adeptos. A época 2025/26 promete ser um espetáculo de cortar a respiração, com 55 competições e 29 seleções a dar o litro. Preparem-se para mais um ano de alegrias, tristezas e, acima de tudo, muito DRAMA. Que role a bola, e que comece o espetáculo!