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Fehér: A BOLA, capa negra eterna
Num relato que ecoa nos corredores da redação como um trovão longínquo, Alexandre Pereira, o braço direito de A BOLA, reviveu o dia em que o destino cruel ceifou a vida de Miki Fehér. O relógio implacável marcava um Benfica x Guimarães, mas o que se desenrolou em campo transcendeu o desporto, transformando-se numa tragédia que paira sobre o jornalismo português. A redação tremeu, a tinta verteu lágrimas e a capa ganhou a cor do luto.
Pereira, prestes a abraçar a paternidade, encontrava-se no epicentro da tempestade, ombro a ombro com João Bonzinho, o maestro da redação. Fernando Guerra, qual enviado dos deuses no estádio, transmitia a sombria realidade: a vida de Fehér esvaía-se. Em cinco minutos de puro CAOS, a decisão foi selada. A capa vestiria o negro, imortalizando o último sorriso do húngaro, capturado momentos antes do fatídico colapso. Um sorriso que se tornaria um grito silencioso na história do jornalismo.
A orelha do jornal, espaço outrora profano da publicidade, foi santificada com a frase que ecoaria para sempre: \