Expulsão, drama e final! Flamengo resiste

O Flamengo carimbou o passaporte para a final da Taça Libertadores num jogo de nervos em Avellaneda, onde um empate a zeros frente ao Racing foi suficiente para garantir a presença na finalíssima em Lima. Mas que ninguém se engane: foi um DRAMA do princípio ao fim, digno de um filme de ação português!

O ambiente no estádio era de cortar à faca, com a torcida argentina a incendiar as bancadas num espetáculo pirotécnico de fazer inveja ao São João do Porto. Mas o verdadeiro fogo estava dentro de campo, com os jogadores do Racing dispostos a tudo para virar a eliminatória. O Flamengo, porém, não se deixou intimidar e mostrou a garra de um verdadeiro campeão.

O ponto de viragem aconteceu aos 56 minutos, quando Gonzalo Plata, ex-Sporting, viu o cartão vermelho por uma escaramuça com outro velho conhecido de Alvalade, Marcos Rojo. Rojo puxou a camisola de Plata que, numa reação que roça o inacreditável, deu um tapa no defesa. Rojo, mestre na arte da representação, atirou-se para o chão num mergulho à Cristiano Ronaldo, valendo ao Racing a expulsão do extremo equatoriano. NÃO PERDOOU!

Depois foi a vez de Rojo ver o vermelho, mas o VAR veio em socorro do central argentino, anulando a decisão do árbitro. A pressão argentina intensificou-se, mas Rossi, o guarda-redes do Flamengo, vestiu a pele de Santo e fechou a baliza a sete chaves. Defesas impossíveis, estiradas felinas e uma tranquilidade de bradar aos céus. Uma exibição para a história!

Filipe Luís, o treinador, não escondeu a alegria por mais uma final, saboreando o feito como um bom vinho do Douro. Mas nem tudo é festa. O técnico já alertou para a importância de manter os pés assentes na terra, com o campeonato brasileiro no horizonte. E sobre o adversário na final? «Vou ver o jogo a tomar um copo com a minha mulher, sem stress», atirou, com a classe que lhe é reconhecida. O Mengão está na final, mas a guerra ainda não acabou. Preparem-se para mais capítulos desta epopeia! CAOS!