Dragões em luto: missa de cortar à faca

A Igreja de Cristo Rei, no Porto, transformou-se hoje no epicentro de uma tempestade emocional, palco da missa de sétimo dia de Jorge Costa. Uma perda que abalou o mundo do futebol e deixou o Olival em lágrimas, com a presença massiva de figuras ilustres e anónimos unidos pela dor. O antigo capitão, vítima de uma paragem cardiorrespiratória, viu o seu legado ser honrado num ambiente de consternação e memórias partilhadas.

André Villas-Boas, qual general em tempo de guerra, liderou a homenagem, demonstrando um apoio inabalável à família enlutada. Mas não foi o único: ex-companheiros, amigos e admiradores marcaram presença, num verdadeiro desfile de estrelas do futebol português. Diogo Costa e Cláudio Ramos, atuais baluartes do FC Porto, também prestaram a sua homenagem, visivelmente emocionados.

Pedro Proença, o 'xerife' da Federação Portuguesa de Futebol, não faltou à chamada, demonstrando que a rivalidade clubística fica à porta em momentos de luto. Alexandre Pinto da Costa, filho do histórico presidente, também se juntou à multidão, num gesto de respeito e consideração. Lucho González, o 'comandante' do meio-campo portista, agora integrado na equipa técnica, marcou igualmente presença, num tributo sentido.

Costinha, Rui Jorge, Castro, Domingos Paciência, Romeu, Rui Barros, Domingos Gomes, Hélder Postiga, João Pinto e Lourenço Pinto engrossaram a lista de individualidades que se despediram de Jorge Costa. Um verdadeiro 'quem é quem' do futebol português, provando que o 'Bicho' deixou uma marca indelével no desporto nacional. A cerimónia fúnebre transformou-se num ringue de emoções, onde a perda e a saudade lutaram frente a frente, num combate que ninguém venceu.

O adeus a Jorge Costa ecoou como um trovão nos corações portistas, deixando um vazio que dificilmente será preenchido. Mas o seu espírito de luta e a sua paixão pelo FC Porto permanecerão para sempre na memória de quem o conheceu e admirou. Que a terra lhe seja leve, eterno capitão!