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Amorim na corda bamba! Cabelo em risco
O palco da Premier League, conhecido pelas suas reviravoltas mais dramáticas que novela mexicana, transforma um simples campeonato numa autêntica arena de gladiadores. A imprevisibilidade é tanta que até a Fantasy League se torna um campo minado, onde as certezas se desfazem como castelos de areia à beira-mar. Mas o DRAMA não se resume aos relvados; estende-se até às barbearias!
Frank Ilett, um adepto fervoroso do Manchester United, encontra-se numa situação capilarmente desesperante. Há 358 dias que não corta o cabelo, tudo por causa de uma aposta que parecia mais fácil que marcar penalty sem guarda-redes: só voltaria à cadeira do barbeiro quando os Red Devils somassem cinco vitórias consecutivas. Um ano de cabelo por aparar, uma promessa que se tornou num fardo mais pesado que a camisola do clube.
Eis que surge Ruben Amorim, o técnico português que, qual Dom Sebastião moderno, prometia a salvação do Manchester United. Mas a verdade é que, numa semana, vence o Chelsea e, na outra, perde com o Brentford. Um autêntico CAOS! A paciência dos adeptos esgota-se mais rápido que a água num deserto, e a cabeça de Amorim parece estar a prémio, qual troféu numa arena romana.
«Nunca estou preocupado com o meu trabalho», atirou Amorim, com a confiança de quem joga com cartas marcadas. Mas os números não mentem: em sete jogos, apenas duas vitórias. Na época passada, em 42, somou 17. Duas vitórias seguidas na Premier são miragem no deserto. A corda bamba estica-se mais a cada derrota, e o fantasma do despedimento espreita a cada esquina.
Enquanto o bilionário Jim Ratcliffe mantém a fé em Amorim, o pobre Frank Ilett, com os seus 400 mil seguidores nas redes sociais a acompanhar o seu calvário capilar, aguarda o milagre. Mas até é bem provável que a saída de Amorim não o coloque mais perto da franja aparada. Os próximos cinco jogos são um verdadeiro teste de fogo: Sunderland, Liverpool, Brighton, Nottingham Forest e Tottenham. Que os deuses do futebol tenham piedade deste adepto e do seu cabelo! Afinal, no futebol como na vida, um dia és tu a tosquiar e no outro és tosquiado.