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VAR ataca! Lince ibérico em fora de jogo
No reino digital, até o lince ibérico está sujeito ao VAR! Um golo de beleza natural, um espécime leucístico filmado em Jaen, foi liminarmente ANULADO após análise rigorosa... da internet! Onde foi parar a nossa capacidade de acreditar no insólito, no maravilhoso? Agora, desconfiamos até de bebés a confraternizar com cães!
O El País, telémoveis em riste, veio trazer a (des)esperança: afinal, a fêmea Satureja pode não ser leucística, apenas stressada ou vítima de causas ambientais. Que reviravolta! Mas será que alguém acredita? A verdade é que até um lince branco imaculado é posto em xeque pela tecnologia, tal como um avançado no Campeonato Português!
E por falar em tecnologia, o Benfica que o diga! Um golo de Sudakov, pura dinamite, voou para as redes... para ser imediatamente trucidado pelo VAR. Um centímetro! UM CENTÍMETRO! É este o mundo que queremos? Um mundo onde a precisão cirúrgica mata a espontaneidade, a alegria, a própria essência do jogo?
Fazendo o papel de advogado do diabo, pergunto: quem lucra com este rigor milimétrico? Queremos tolerância zero ou margem para respirar? Cinquenta centímetros seriam suficientes? Mas aí, o coitado apanhado com 51 atiraria as chuteiras às urtigas, gritando DRAMA e CAOS! A verdade é que o VAR, tal como um árbitro de wrestling corrupto, parece ter vindo para nos tirar o gozo.
E no meio deste CAOS tecnológico, resta-nos uma certeza: qualquer dia, nem com um lince ibérico branco poderemos vibrar. A tecnologia, qual Madalena arrependida, veio para nos atormentar. O futebol, a natureza, a vida... tudo transformado num inferno de pixeis e linhas traçadas a régua e esquadro. Que futuro sombrio nos espera! Que o São VAR nos acuda!
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