Tondela: Penalidades falhadas assombram beirões

O DRAMA instala-se em Tondela! Ivan Cavaleiro, com a frieza de um veterano de guerra, não perdoou e expôs as fragilidades da equipa beirã no capítulo das grandes penalidades. Tiago Manso e Pedro Maranhão que se cuidem, pois a pressão aumenta a cada dia que passa. O que se passa nos treinos, fica nos treinos... ou não!

Os tondelenses, qual Rocky Balboa a treinar na Sibéria, aproveitaram a pausa das seleções para uma incursão à Galiza. A missão? Fortalecer laços com o Racing de Ferrol, um clube que partilha o mesmo Don Corleone nos bastidores. O amigável, envolto em caridade e diplomacia, terminou com um épico desempate por grandes penalidades (5-4) a favor do Tondela, que assim conquistou o Memorial Moncho Rivera. Uma vitória nos penáltis, um presságio?

«Tivemos a infelicidade de dar o segundo golo, mas corremos atrás do jogo e conseguimos o melhor resultado, que foi o empate, e depois ganhámos nos penáltis». As palavras de Ivan Cavaleiro ecoam como um trovão em dia de tempestade. «Por acaso é algo que temos treinado bastante, porque no campeonato já falhámos duas vezes, então é sempre bom melhorar. Estivemos bem, marcámos os cinco», acrescentou, com um misto de alívio e cautela. Será que o problema está resolvido?

Mas nem só de futebol se fez a visita à Galiza. A comitiva tondelense, liderada pelo presidente Gilberto Coimbra, também teve tempo para uma incursão à fábrica e museu da Estrella Galicia, a néctar dos deuses galegos. Troca de lembranças, sorrisos protocolares e a promessa de um futuro risonho. O futebol, afinal, também se faz de momentos de convívio e boa cerveja.

No entanto, a grande questão permanece: será que o Tondela aprendeu a lição nos onze metros? O campeonato nacional aguarda, implacável como um juiz de wrestling, e os erros não serão perdoados. A equipa de Ivo Vieira terá de mostrar que a pontaria está afinada e que os fantasmas do passado foram, de uma vez por todas, exorcizados. O CAOS está instalado, mas a esperança é a última a morrer.