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Leão: Inter? **NÃO!** Milan? SIM Senhor!
Rafael Leão, o craque português de 26 anos, abriu o livro de memórias e revelou um segredo de bastidores que podia ter mudado o rumo da sua carreira. Quase que o rugido do leão se ouviu em terras erradas, mas o destino, esse árbitro implacável, tinha outros planos. Em 2019, quando o Lille clamava por encaixe financeiro, o Inter de Milão surgiu como um predador à espreita, pronto para abocanhar o jovem talento.
«Estive prestes a ir para o Inter, que loucura!», confessou Leão num podcast, como se narrasse um filme de ação. O diretor desportivo do Lille, qual vilão de telenovela, tentou forçar a transferência: «'Rafa, estamos prestes a vender-te ao Inter.'». Mas Leão, fiel aos seus instintos, bateu o pé: «'Não! Quero ficar mais um ano para melhorar e ganhar confiança.'». A novela, no entanto, estava longe do fim; o diretor, qual empresário da luta livre, insistia: «'Tenho de te vender, é uma grande oportunidade, é muito dinheiro!'». Mas o coração de Leão, esse, já tinha um destino traçado: «Inter, NÃO!».
Eis que, no clímax da narrativa, surge Paolo Maldini, a lenda do Milan, qual herói improvável. «Passa uma, duas, três semanas e o diretor desportivo volta a falar comigo e diz: ‘O Milan está interessado em ti.’ Eu disse: ‘Sim, Milan sim.’». O telefone tocou, não era uma chamada qualquer, mas sim uma videochamada, e do outro lado estava o próprio Maldini. «Tens de vir, estamos prontos para te contratar», disse o eterno capitão rossonero, como se estivesse a recitar um guião de Hollywood. A resposta de Leão? Um sonoro «Aceito!», como um tenista a celebrar um MATCH POINT.
«Quando Maldini me ligou, estava num hotel, porque estávamos em estágio de pré-época, em Portugal. Fui para Milão com a minha família, estive um mês num hotel. Só me apercebi da grandeza deste clube quando joguei o primeiro jogo em casa. Foi incrível, o estádio cheio… pensei: isto é mesmo de loucos. Também quando ganhámos o Scudetto. É algo que um jogador tem de viver para perceber o quão importante é jogar pelo Milan», recordou Leão, com a emoção de um veterano de guerra a relembrar os tempos de glória. E para honrar a história do clube, Leão inspira-se nos grandes: «Ronaldinho, Ronaldo, Kaká, Seedorf — aqueles jogadores que vias ou de quem ouvias falar, eram história. Depois, sabes… 7 Ligas dos Campeões, só o Real Madrid tem mais. Entre Milan e Inter? Milan cem vezes.»
Agora, a entrar na sua sétima época no Milan, Rafael Leão já pensa em construir um legado. «Entro sempre com a mesma alegria, com a responsabilidade de fazer bem, divertir-me — e vim para aqui por isso. Porque não faz sentido vir para este clube só por vir e depois ir embora. Quando fores embora, as pessoas têm de se lembrar do que fizeste. Acho que estou a fazer um bom trabalho, estou muito orgulhoso e mal posso esperar para continuar assim — e ainda melhor.» Que os deuses do futebol o ouçam, e que o leão continue a rugir em San Siro, para gáudio dos adeptos rossoneri e para desespero dos rivais. A novela continua...