&format=webp)
Futebol sem alma! VAR mata magia?
O futebol definhou, meus amigos! Um fora de jogo de um milímetro, medido a laser com precisão cirúrgica, é o suficiente para mandar um golo para o caixote do lixo. Aquele toque de mão involuntário, um resquício de humanidade em campo, agora vale um penalty IRREVERSÍVEL. O CAOS está instalado!
Antigamente, víamos a beleza no erro, a arte na imperfeição. Hoje, tudo é protocolo, a lei fria e implacável que esmaga o espírito do jogo. O VAR, esse Big Brother implacável, observa tudo com olhos de lince, mas cego para a alma do futebol. Ninguém perdoa! Maradona, com a sua Mão de Deus, seria hoje crucificado em praça pública. Que DRAMA!
Os golos já não são festejados com a alma, mas sim com o coração nas mãos, à espera do veredicto final. A alegria é suspensa, a paixão arrefecida, enquanto os árbitros se escondem atrás do ecrã, lavando as mãos como Pilatos. O resultado tornou-se mais importante que a beleza do lance, a decisão sobrepõe-se ao remate. É o triunfo do resultado sobre a arte, a morte da espontaneidade. Que TRAGÉDIA!
O espetáculo transformou-se numa autópsia, onde cada frame é dissecado em busca de culpados. O erro, antes humano e belo, é agora uma falha no sistema, um pecado capital. Os jogos parecem experiências de laboratório, onde a emoção é editada e o corpo vigiado. Jogar certo tornou-se mais importante que jogar bem. Onde está o bom senso? Onde foi parar o futebol de rua, a ginga, o improviso?
O futebol quis ser ciência exata, em nome dos milhões que o movem, mas esqueceu-se que a sua beleza reside na imprecisão. Um dia, talvez, quando percebermos que a perfeição é inimiga da paixão, voltaremos a festejar antes da revisão. Até lá, continuaremos a viver neste simulacro, desprovido de alma e emoção. O futebol de verdade, meus amigos, aguarda o seu regresso à terra, com as mãos sujas de barro. Alguém que o salve, por favor!
&format=webp)
&format=webp)