FPF sob controlo! Contas aprovadas

Num sábado de cortar à faca na Cidade do Futebol, a Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) lavou mais roupa suja que lavandaria lisboeta, aprovando, por unanimidade e com direito a salva de palmas, as contas referentes ao exercício de 2024/2025. O resultado? Um lucro operacional de 3,34 milhões de euros que, pelos vistos, acalma todas as feras.

Os presentes, qual claque benfiquista em noite de Champions, não ousaram sequer um ai! Aprovado por unanimidade, meus amigos! Nem um voto contra, nem uma abstenção, nada! Pedro Proença, qual mestre de cerimónias de um circo romano, deve ter respirado fundo. Mais um ano, mais um sarilho evitado.

Mas a verdadeira bomba estava guardada para o final! A FPF, num ato de contrição digno de reality show, vai agora despejar 3,2 milhões de euros diretamente para o futebol não profissional. Imaginem a cena: seguros para as meninas do futebol feminino, ajudas nas deslocações das equipas e, claro, um mimo para os escalões da formação. Quase que apetece chorar de emoção!

E como se não bastasse, Pedro Proença, num momento de puro wrestling político, aproveitou a ocasião para anunciar dois objetivos que prometem dar que falar até ao final da temporada. Preparem as pipocas, meus caros, porque o DRAMA está apenas a começar! Uma "task force" para discutir o financiamento do futebol português (em articulação com os sócios ordinários da federação) e um grupo de trabalho para debater a regulação sobre os critérios exigidos a quem quiser investir no nosso futebol. É o vale tudo a caminho!

No final, a sensação que fica é que, na FPF, o dinheiro fala mais alto que qualquer golo de placa. As contas foram aprovadas, os objetivos foram traçados e o espetáculo continua. Resta saber se, no meio de tanta manobra e tanto milhão, o futebol português não acabará por ser o grande derrotado. Aguardemos os próximos capítulos desta novela que, pelos vistos, ainda tem muitos episódios para nos oferecer.