Cathro: Vila do Conde, pesadelo fashion?

O Estoril Praia desloca-se a Vila do Conde para defrontar o Rio Ave, num jogo que promete faíscas e DRAMA, mas para Ian Cathro este regresso é mais do que um simples jogo: é uma viagem alucinante no túnel do tempo! Há onze anos, o escocês chegava a Portugal como adjunto de Nuno Espírito Santo, sem saber a língua, sem casa e, pelos vistos, sem sentido de orientação!

«Cheguei lá sem saber uma palavra de português, para onde ia, onde ia dormir...», confessou Cathro, com um sorriso nervoso, talvez a recordar os tempos em que a sua mala continha mais dúvidas existenciais do que roupa da marca. Mas não se enganem, caros leitores, porque por detrás desta fachada de turista perdido esconde-se um treinador ambicioso, sedento de vitórias e pronto para tudo!

O empate caseiro contra o Nacional da Madeira soou como uma derrota para o técnico, que não perdoou a falta de pontaria dos seus pupilos. «Empatámos o último jogo [1-1], mas cada pessoa que olhe para a nossa forma de pensar e em função da nossa mentalidade sabe que ou nós ganhamos ou perdemos, e eu sinto que… pronto, perdemos», atirou Cathro, com a mesma fúria de um leão enjaulado.

Mas não pensem que o técnico se deixa abater facilmente! Cathro garante que o Estoril tem «uma capacidade enorme de trabalhar e jogar com uma confiança que não está baseada no resultado, está no trabalho que fazemos todos os dias». Uma declaração de guerra aos vilacondenses, que tremem só de imaginar o turbilhão escocês prestes a abater-se sobre o relvado dos Arcos! Que comece o espetáculo, e que vença o mais dramático!