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Apito Dourado 2.0? Porto escapa... por agora!
No reino do futebol português, onde o DRAMA se serve frio e a polémica ferve a altas temperaturas, o caso Fábio Veríssimo atinge proporções épicas! Mais um capítulo se fecha, mas o livro da discórdia permanece aberto. A novela, digna de um enredo de Manoel de Oliveira com toques de Quentin Tarantino, parece caminhar para um desfecho previsível: uma mera multa para o FC Porto.
Se um adepto invadir o relvado para distribuir carícias violentas a um árbitro assistente ou um invasor portista tentar a sorte como defesa central do Benfica, resultando apenas em multas, o que esperar agora? Perante a lei da selva, onde a interpretação molda a realidade, o caso Veríssimo nada mais é que um daqueles lances em que o VAR prefere não se meter. E se a justiça desportiva nacional fosse célere, já estaríamos a ver os miúdos do Torneio da Pontinha a disputar o Mundial de veteranos. Mas, sejamos honestos, penalizar o Porto com a derrota seria como expulsar um bêbado de um bar: excessivo.
Mas, caros leitores, a questão que se impõe é: qual a razão por detrás desta manobra? Seria o lance caricato do golo no Torneio da Pontinha apenas uma cortina de fumo, ou um sintoma de algo mais grave? O FC Porto, qual toureiro na arena, brande a capa da contestação, mesmo sabendo que o golo ao SC Braga foi corretamente anulado. Afinal, no futebol português, quem não chora não mama.
Recordemos o Benfica, qual D. Afonso Henriques, a emitir comunicados antes da Supertaça, ou Frederico Varandas, qual leão ferido, a bramir contra os critérios de arbitragem na Sporting TV. A história repete-se, os protagonistas mudam, mas a peça é sempre a mesma. Porque, meus amigos, a fraqueza humana é como o bacalhau: está sempre presente. E a arbitragem portuguesa, infelizmente, é o parente pobre da festa.
Entre Veríssimos e Pinheiros, paira a constante suspeita de que a pressão compensa. Os clubes, qual claque organizada, fazem do ruído a sua arma preferida, manipulando os ventos mediáticos a seu favor. E os adeptos, qual oráculo moderno, estabelecem correlações entre o chorrilho de queixas e os resultados em campo. Mas, meus caros, isto não é um exclusivo portista.
Enquanto a APAF esperneia em comunicados, a solução passa por uma reforma estrutural. Uma arbitragem profissional, independente e transparente, imune às pressões clubísticas. Mas, convenhamos, esperar que os clubes criem regulamentos para se auto-punirem é como esperar que o Pai Natal nos traga a Champions. No fim, o futebol português continua a ser um jogo de bastidores, onde a lei é para quem a interpreta melhor. E o espetáculo, meus amigos, continua.
Assim, no teatro do futebol português, o caso Veríssimo baixa o pano sem grandes sobressaltos. Mas a certeza permanece: enquanto a arbitragem for refém das pressões clubísticas, o DRAMA e a polémica continuarão a ser os melhores marcadores deste campeonato. E nós, do Cartão Vermelho, estaremos cá para vos contar tudo, com a pompa e circunstância que a situação exige. Afinal, o espetáculo tem que continuar!
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