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Abel Ferreira, entre o céu e inferno
O mundo do futebol é um ringue e, no Brasil, Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, sente na pele cada aplauso e cada vaia como se fossem socos e rasteiras de um combate de wrestling! Apesar de uma galeria de troféus que faria inveja a qualquer colecionador – duas Libertadores, uma Taça do Brasil, uma Supertaça Sul-Americana, três Paulistas, dois Brasileirões e uma Supertaça do Brasil – o português tem provado o amargo fel da contestação. Já foi assobiado, apupado e quase crucificado pela própria claque, num volte-face digno de novela mexicana.
Luis Zubeldía, ex-treinador do São Paulo, não esconde a perplexidade: «Abel Ferreira devia ser uma espécie de Deus no Palmeiras, mas continuam a questioná-lo», disse à ESPN Argentina, como quem não entende a receita para fritar ovos. Mas no futebol, meus amigos, a ingratidão é a sobremesa mais popular! Um dia és herói, no outro és vilão. E Abel Ferreira, qual Sísifo moderno, parece condenado a empurrar a pedra do reconhecimento colina acima, só para vê-la rolar novamente para o abismo.
Leila Pereira, a presidente-leoa do Palmeiras, já sacou as garras em defesa do seu treinador, reiteradas vezes. Dizem até que Abel tem uma proposta de renovação em cima da mesa, mas no futebol, promessas são como as notas de três euros: bonitas, mas sem valor real. O futuro de Abel é uma incógnita, um daqueles mistérios que nem o Dr. House resolveria num episódio especial.
Em agosto, Abel Ferreira abriu o coração, qual livro de poemas numa noite de fados: «É difícil explicar às minhas filhas porque o pai foi insultado». Um desabafo que ecoou como um trovão num dia de sol. «Tenho carinho e respeito pelos adeptos, pelo Palmeiras e jamais serei um problema dentro do clube. Mas quero que saibam que o meu foco é pelos jogadores, pelo clube, por esta camisola. O meu futuro será decidido no momento certo, com máximo respeito ao Palmeiras», rematou, com a voz embargada e o olhar perdido no horizonte. Resta saber se o «momento certo» trará a paz ou o CAOS definitivo.
Enquanto o circo do futebol continua a girar, Abel Ferreira enfrenta o dilema de ser amado e odiado na mesma proporção. Um Deus para uns, um Judas para outros. Mas uma coisa é certa: a sua passagem pelo Palmeiras ficará gravada a ouro e a fogo na história do clube. Resta saber se o final será feliz ou se o DRAMA terá um último ato digno de Shakespeare. O tempo, esse juiz implacável, dará o veredicto final. Que comece a contagem decrescente!